sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Death Note


Nestas férias lectivas de verão deu para me dedicar, pela primeira vez, a assistir anime japonesa.
Comecei por Michiko to Hatchin, recomendado por quem, como eu, gosta do Brasil e das batidas brasileiras. Mais feminina, ou não fossem as duas personagens principais uma mulher e sua filha, esta série lida, todavia, com um enredo cheio de maviosos e crime de rua. Mas com um cenário tropical, a lembrar efectivamente os morros e praias do Rio. Com o Japão acho que só tem mesmo a ver com a língua.

Depois assisti ainda ao Golden Boy, cerca de 6 episódios de comédia ligeira com o personagem que vai seguindo viagem e trabalhando no que aparece. Boa disposição, mas nada mais além.


Do que gostei mesmo e fiquei viciada, a ponto de só parar quando cheguei ao 37 e último episódio, foi do Death Note. Baseado num manga, conta a história de um aluno brilhante, Raito Yagami, que descobre um caderno onde bastará escrever o nome de alguém a quem se conhece o rosto para que esse alguém morra. Dá até para escrever as condições da sua morte. Ai o rapaz torna-se no mais do que perseguido Kira. O interessante nesta história é como um propósito que à partida talvez pudesse ser bom - o de limpar a sociedade dos criminosos - vai redundar num poder abissal, em que os homens passam a fazer de Deus e decidir quem deve ou não viver. Noções de bem e mal, misturadas com a vontade de fazer justiça pelas próprias mãos, o saber o que é a própria justiça, um anime que vai muito dentro das questões deontológicas e psicológicas.

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