terça-feira, 31 de maio de 2011

Benazir

Em Economias e Sociedades da Ásia Contemporânea, escolhi apresentar (check!) um trabalho sobre Benazir Bhutto, a minha ídola preferida, do país da Ásia por quem sinto mais interesse - o Paquistão (serei normal?).
Dei-lhe o nome de "Benazir Bhutto: o poder hereditário e no feminino".

Eis o resumo da coisa:

«Benazir Bhutto, a primeira mulher eleita para governar um estado islâmico, o Paquistão, em 1988, era ela própria filha de um antigo presidente e primeiro-ministro do mesmo país. Educada nos Estados Unidos da América e em Inglaterra, inteligente e carismática, capaz de juntar milhares de pessoas tanto nos seus dois retornos do exílio, como nos seus comícios, foi deposta antes do fim em ambos os mandatos que ganhou. Terá o facto de ser filha de um outro político carismático, herdeira de uma família feudal proprietária de terras, líderes de um clã – os Bhutto – na província de Sindh, em resumo, terá a hereditariedade dinástica, contribuído para a sua ascensão ao poder? Ou terá o facto de ser mulher sido uma vantagem ou uma desvantagem no seu percurso politico? E, sendo mulher, enquanto no governo terá prosseguido politicas femininas?»



Pelo caminho descobri que existia um filme de 2010 de nome "Bhutto".
Aqui aparece Benazir no seu famoso discurso efectuado no Congresso dos Estados Unidos, em 1989, onde diz que "Democracy is the greatest revenge", e não "Democracy is the best revenge", como disse o seu filho Bilawal.
E ouvimos a sua voz nesta confissão extraordinária de uma mulher que adorava discursar para as multidões:
“When I get up to speak, I usually start slowly, and then I build up. I look at the people, because when I look at them, then I can feel that strength running through my body. I feel strong, I feel more determined and I feel that when I have this strength with me, then I can move any mountain. It just seems to me that as I looked out, I just saw a sea of humanity. That the fight for the truth is important. Because the day that does come when you see the response to your struggle”

Mais Kawabata

Isto agora com Bolonha faz com que os cursos tenham só cadeiras semestrais.
O problema é que são uns 3 meses de aulas no primeiro semestre e mais uns 3 meses e meio de aulas no segundo semestre.
Ou seja, é sempre a abrir e para o fim ficam as avaliações - sem exames, a avaliação é contínua, mas tudo é deixado para o fim, quer pelos alunos, quer pelos professores, que marcam os testes e as entregas de trabalhos todos para a mesma altura.
O que me safou foi que consegui despachar o trabalho sobre o Kawabata, da Introdução às Literaturas Asiáticas, nas férias da Páscoa e foi menos um para deixar para entregar para fim de Maio / princípio de Junho.

Eis o resumo / introdução:

«Yasunari Kawata, primeiro japonês laureado com o Nobel da literatura, em 1968, dedicou a sua vida literária às novelas, contos e ensaios.
Marcado pela dor da orfandade desde muito cedo, os traumas do crescimento sem pai e sem mãe marcaram-no ao longo da sua vida. Na sua obra essas marcas são igualmente visíveis nos temas que desenvolve (infância, sonho, solidão, morte, imortalidade, suicídio), em especial nos seus contos. Palm-of-the-Hand Stories é uma colectânea dos contos escritos por Kawabata ao longo dos anos, desde 1923 até 1972, alguns deles publicados já após a sua morte, por suicídio.
Nesta recensão critica procurar-se-á descrever, analisar e caracterizar alguns dos aspectos e influências da escrita de Kawabata, designadamente nos contos “The Silverberry Thief”, “Summer Shoes”, “A Child´s Viewpoint” e “Love Suicides”, todos escritos na década de 20 do século XX e constantes do livro acima citado.»