As Culturas da China foram dadas por um professor a sério, daqueles que se vê terem gosto em saber e em passar esse saber. E não é nenhum cota, pelo que se espera que muitas mais gerações possam com ele aprender. O Barrento fala com o mesmo entusiasmo de Confúcio, de budismo e de taoismo como o faz do vestuário, da alimentação, da sociedade chinesa, passando pela análise do papel dos homens e das mulheres nessa mesma sociedade.
Como está bem de ver pelos posts anteriores, filosofias e pensamentos não são comigo. Mas temas da sociedade sim. Ficar a saber que aquele uniforme que Mao usava – e com ele todos os demais, homens ou mulheres, como se um vício de vestuário se tratasse – era uma adaptação de um outro lançado na ribalta por Sun Yat-sen, o pai do republicanismo na China, e que esse fato tinha influências do uniforme estudantil do período Meiji do Japão, do uniforme militar alemão e de vestes ocidentais, isso explica muita coisa, e não é apenas um detalhe.
China fechada? China adormecida? China inferior? Pois, grande conversa. Em todos os períodos da história se observou momentos de domínio de uma ou de outra civilização e a China esteve quase sempre por cima. O “império do meio”, como eles se chamam, a “Catai” de Marco Polo, sempre seduziu todo o mundo. A invenção do papel moeda foi lá (ainda que o capitalismo seja arte de outros), a bússola idem (ainda que nos compêndios ocidentais tenham sido os europeus – olá Portugal – a descobrir o mundo para além da Europa) e a pólvora apareceu também por lá (se bem que os chineses não a tivessem levado a sério e tenham visto os ingleses a bombardeá-los com a sua invenção na sua própria casa). Esta humilhação foi na segunda metade do século XIX, há cerca de 150 anos, e custou a ser ultrapassada. Veio a queda do regime imperial e instauração da república em 1912. Nacionalistas e comunistas em guerra civil umas décadas depois e eis que em 1949 chega a actual República Popular da China, criada por Mao. E depois, bom, depois há opiniões e posições para todos os gostos, mas o certo é que hoje a China com o seu socialismo de mercado é falada por cá por comprar a EDP e a REN.
Tenho de arranjar horário rapidamente para ir aprender chinês, a ver se os ppdocas têm um lugar para mim dentro do meu país.
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