quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rithy Panh

Rithy Panh é um realizador cambojano de que em post anterior já tinha referido desejar ver uns filmes seus antes do Natal.
Este autor nasceu em Phnom Penh e viveu os horrores da guerra do Khmer Rouge. Fugido para a Tailândia, conseguiu chegar a França e hoje, já no seu país, é responsável pela criação de filmes e documentários, muitos deles inspirados na experiência vivida pela esmagadora maioria dos seus concidadãos.
Dele vi os seguintes filmes:



- “Uma barragem contra o Pacífico”, de 2008, inspirado na obra de mesmo nome de Marguerite Duras. É a história de uma mãe francesa com os seus dois filhos mais do que ambiciosos e sem escrúpulos que lutam contra as adversidades da água que teima em invadir as suas plantações. A fotografia é lindíssima.



- “Neak Sre”, de 1994, ou “a gente do arrozal”, conta a história de uma aldeia de cambojanos que vive da plantação de arroz. É um filme cru que retrata bem a dureza do trabalho com o arroz.



- “S-21, la machine de mort Khmere Rouge”, de 2003, não é cru. É um documentário da pura realidade. Realidade passada e que nunca se crê que seja possível existir, quando mais repetir-se. Filmada na antiga escola, depois tornada a tristemente mítica prisão S-21, hoje museu, onde se cometeram das maiores atrocidades em trânsito para atrocidades ainda maiores. Em 2008 estive aqui e daí resultou este post http://andessemparar.blogspot.com/2008/11/phnom-penh.html



- Un soir aprés la guerre, de 1998, trata da vida de um rapaz e de uma rapariga no pós-guerra. Eles querem formar um par, amam-se, mas a necessidade da sobrevivência do dia-a-dia numa cidade onde poucas esperanças existem atormenta o seu relacionamento. Foi o filme de Rithy Panh que mais gostei e, em resumo, é imperdível.

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