terça-feira, 7 de junho de 2011

Cinema Chinês

Quanto a filmes chineses, deixarei Wong Kar Wai e Johnnie To, os meus dois preferidos, para post autónomo.



Comecei por ver um filme de Wu Yonggang, “Shen nu” (The Goddess), de 1934. Penso que não poderia haver começo mais cativante para trazer expectativas quanto aos outros filmes que haveriam de se lhe seguir. É um filme mudo com uma actriz fabulosa de nome Ruan Lingyu que se matou cedo. Os tormentos que terá tido em vida com as suas relações amorosas passa-os também na fita. Representa uma mãe prostituta. Os homens que aparecem no filme são todos uns crápulas, com o seu chulo à cabeça, à excepção do professor da escola, que ficará encarregue da educação do seu filho.



E para algo completamente diferente seguiu-se Zhang Yimou, “Herói”, de 2002. Fez um enorme sucesso na China e um pouco por todo o mundo (os filmes deste realizador são um bocado conhecidos e premiados no ocidente, como “To Live”, de 1994, “O Segredo dos Punhais Voadores”, de 2004, e “A Maldição da Flor Dourada”, de 2006 – todos filmes ainda para eu ver). Herói é um filme de artes marciais, o wuxia. Mas daqueles que remetem para imagens do maravilhoso e do fantástico. Interessante achei a querela que aconteceu na China com a interpretação, do ponto de vista político, deste filme. Houve quem dissesse que se queria fazer passar uma esponja no autoritarismo (do imperador) para justificar um certo modelo politico contemporâneo, como se Zhang Yimou fosse o realizador oficial do regime (ele que também esteve presente na concepção da parte cénica dos JO de 2008).
Depois de 9 em cada 10 colegas já terem visto ou ouvido falar do filme, confesso que estava muito ansiosa e curiosa. Mas, apesar de ter gostado da cor e dos cenários, não achei que fosse assim tão brilhante.



O que eu achei lindo e soberbo, sim, foi o Red Cliff, de John Woo, de 2008. John Woo é o mesmo da Missão Impossível II e conseguiu com Red Cliff mais destaque e sucesso do que qualquer Missão Impossível. Foi um sucesso de público e de crítica. É a história verdadeira da batalha de Red Cliff que aconteceu no fim do domínio Han na China, por volta do século III a.C. O que mais me impressionou, para além dos cenários e paisagens fabulosas, foram as estratégias utilizadas por Zhuge Liang para vencer o reino do norte.
E impressionou-me ainda mais Takeshi Kaneshiro, o actor meio japonês meio taiwanês que representa aquela personagem histórica, a entrar directamente no meu top de homens asiáticos mais lindos.

Sem comentários:

Enviar um comentário