Voltar à faculdade 18 anos lectivos depois é encontrar todo um outro mundo, toda uma outra geração.
A primeira diferença é a solidão. Pois é, sou a única Susana. Em tempos antigos éramos meia dúzia, mais não sei quantas Sandras e Sónias. Estas últimas ainda resistem.
Mas agora há também as Jéssicas, Andreias, Danielas e Brunas ao lado das intemporais Anas.
O mais curioso é que apesar destes nomes terem inspirado os paizinhos depois de assistirem às novelas brasileiras, sou a única a recordar-me que Odorico deve ser acompanhado de Paraguaçu e não de da Pordenone, um certo viajante italiano que chegou no século XIV a Pequim, segundo consta das aulas de China Imperial e Contemporânea. Para mim, Odorico só há um, o prefeito de Sucupira do Bem Amado e mais nenhum.
E que dizer quando passa um filme de Nagisa Oshima numa aula de Cinema Asiático e não consigo explicar a nenhum dos pitinhos a tourada que foi quando do mesmo realizador passou Império dos Sentidos na RTP2 nos anos 80. Depois de ver os beijinhos bem disfarçados dos amantes nos Contos Cruéis da Juventude, ninguém me acreditou que o mesmo fulano fosse capaz de filmar cenas de sexo explícito. Não tentei sequer abordar a questão do corte do instrumento do japonoca, muito menos falei em ovo. Pior, mesmo que tentasse, ninguém ia entender porque é que todos os portugueses, em especial os padres, falaram no assunto. Melhor, falaram muito mal do assunto.
A descobrir em breve mais curiosidades na diferença.
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