As greves do metro têm calhado todas às 3.as e 5.as de manhã, bem na hora da aula de japonês.
A professora tem-se mostrado compreensiva. Começou por não marcar faltas, adiar o teste que estava marcado para um desses dias, não avançar na matéria, coisas do género.
Mas as greves nunca mais acabam. E são sempre nestes dias. E os alunos faltam muito. Muitos.
Vai daí, e para “poder compreender a realidade e distinguir as faltas dos que tenham a verdadeira razão para as ausências”– vulgo, para ver quem falta pelo metro ou para ficar a dormir mais um pouquinho – a professora enviou um e-mail a pedir-nos para justificarmos o facto, “indicando a morada e a estação onde costuma apanhar o transporte e explicando as razões que o impedem de comparecer nas aulas”.
Não consigo parar de imaginar a Kioko em frente ao Google Earth e com a página da Carris aberta a ver cada uma das nossas moradas e as carreiras dos autocarros que melhor nos trazem à faculdade.
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